Santa Cruz

Crime

Vasos que mataram Paulo Ricardo foram atirados do corredor do anel superior

Informação foi confirmada após reconstituição do caso, que ocorreu na noite desta segunda-feira, no Arruda

postado em 12/05/2014 21:45 / atualizado em 12/05/2014 23:41

João de Andrade Neto /Esportes

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Com duração de aproximadamente duas horas, foi realizada nesta segunda-feira a reconstituição do assassinato de Paulo Ricardo Gomes da Silva, acontecido no último dia 2 de maio, no Arruda. Com a encenação, a Polícia Civil conseguiu tirar algumas dúvidas ainda existentes. Contando apenas com os suspeitos Everton Felipe Santiago e Luiz Cabral de Araújo Neto, os policiais e os peritos conduziram todo o percurso feito pelos acusados no dia do crime. Da entrada até o momento da saída. O terceiro suspeito, Waldir Pessoa Firmo Júnior, não compareceu, já que seu advogado, Jurandir Alves afirmou que o seu cliente tinha o direito de "não produzir provas contra ele mesmo." Um policial fez o seu papel na reconstituição.

A principal dúvida tirada pelos policiais foi o local exato de onde os dois vasos sanitários foram arremessados. Ficou comprovado que as bacias sanitárias foram jogadas do corredor do anel superior e não das arquibancadas.

Por sinal, o momento do arremesso das bacias sanitárias foi o momento mais tenso da reconstituição, com vários curiosos registrando a cena com telefones celulares e gritando "assassinos" para os suspeitos. As duas bacias caíram exatamente no mesmo local onde estava Paulo Ricardo e outras três vítimas, que saíram feridas.

Outra mudança com relação as informações inicialmente divulgadas foi o portão do retorno dos suspeitos.

 

Ao contrário do que foi anteriormente divulgado, o portão pelo qual os três suspeitos retornaram ao Arruda não foi o nove, pelo qual eles deixaram o estádio, e sim o portão 10, que dá acesso diretamente ao anel superior por uma rampa. Os perítos não informaram se os suspeitos encontraram o portão aberto. A fuga se deu pelo portão 11.

"Ficou comprovado na reprodução simulada apossibilidade dos vasos caírem onde realmente caíram ma cabeça da vítima e ferindo outras três pessoas. A reprodução foi importante para esclarecer a dinâmica dos fatos e demonstrar o percurso do crime, o que vai facilitar o trabalho dos jurados. Não houve dúvidas nem contradiçõe", afirmou o delegado Joselito Kehrle.  

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press