Santa Cruz fica quatro jogos sem tomar gols na Série B graças a Tiago Cardoso

Quatro jogos sem sofrer gols. A contagem inclui só os jogos da Série B, ressalve-se. Duas vitórias, dois empates. Retrospecto que fez os jogadores corais enaltecerem a solidez defensiva. Valorizarem o desempenho diante de resultados aquém do planejado. Como fez o zagueiro Renan Fonseca, após o empate sem gols com o Avaí. “Estamos em uma sequência sem tomar gols e isso dá uma confiança maior, dá uma credibilidade com a torcida. Dá uma tranquilidade a mais para ir em busca da vitória nos jogos em casa.”

Traduzir o tempo de invencibilidade numa “solidez defensiva”, porém, é precipitado. Se o Santa Cruz não sofreu gols nos jogos mais recentes pela Série B, em especial nos dois últimos, foi por conta das intervenções do goleiro Tiago Cardoso. Da mesma forma, é precipitado atribuir, exclusivamente aos zagueiros e volantes, a responsabilidade pela falta de uma “estabilidade defensiva”.

No jogo de sábado, boa parte da pressão sofrida pelo time pode ser colocada na conta dos meias e alas, que erraram muito na saída de bola. Acima do que a paciência tricolor permite. Mais do que qualidade, faltou atenção num momento tático crucial. Errar na transição defesa-ataque significa perder a bola no momento em que a equipe, naturalmente, está mais aberta. É pedir para levar o contragolpe.

Uma das melhores chances do Avaí, por exemplo, aconteceu após uma bola perdida por Carlos Alberto, no segundo tempo. Ele não foi o único, porém. Sandro Manoel, Danilo Pires e o próprio Renan Fonseca foram outros que desperdiçaram a posse de bola na intermediária, quando o time tentava sair para o campo do Avaí. A fragilidade levou o goleiro Tiago Cardoso, em alguns momentos, a buscar a ligação direta com o ataque. Apostar na sorte.