Santa Cruz

SANTA CRUZ

Santa Cruz não estabelece prazo para pagamento dos salários atrasados que causaram a greve

Constantino Júnior diz que episódio foi decorrente de "falta de comunicação"

postado em 17/10/2014 12:47 / atualizado em 17/10/2014 16:25

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Yuri de Lira/DP/D.A Press
De última hora, a direção e o departamento de futebol do Santa Cruz conseguiram convencer os jogadores a saírem da greve que haviam entrado na última quinta. Nesta sexta-feira, os atletas treinaram normalmente na Arena Pernambuco e vão entrar em campo, sábado, contra o Vasco da Gama. O clube, contudo, ainda não sabe quando os dois meses de salários atrasados, estopins da manifestação, serão pagos ao plantel. Foi o que garantiu o diretor de futebol Constantino Júnior após uma reunião de aproximadamente meia hora com todo o elenco já no fim dos trabalhos desta manhã.

A diretoria garante que a saúde financeira do Tricolor não vai bem. Por isso, não pode estipular a data específica da quitação dos vencimentos."Para jogador, é o seguinte: se você diz meio-dia, é 11h59. A gente não pode dar um prazo. Lógico que a gente está buscando para ontem. Se não tiver (dinheiro) na mão, não dá. O importante é saber que a qualquer momento pode sair. Não vou dizer que é amanhã, pra semana ou daqui a três dias, porque vou ser cobrado pela data que a gente der. Tem que ser com transparência. Não adianta estipular um prazo para depois não cumprir", disse Constantino Júnior.

Ainda segundo ele, o problema nos cofres corais, que têm feito a direção atrasar os pagamentos de agosto e setembro relativos a direito de imagem e carteira assinada, é pior devido a um imbróglio envolvendo o patrocinador máster do Santa Cruz. "O nosso patrocinador máster está bloqueado por cinco meses por causa demandas judiciais. O clube tem caminhado como pode", falou. Nesse cenário, vale lembrar que há apenas 20 dias que o Santa conseguiu sanar a dívida referente a julho com o elenco.

"Falta de comunicação"
Após ter condenado a greve e ter sugerido dispensas a quem não fosse treinar nesta sexta, o dirigente coral preferiu agora tratar o motim como uma "falta de comunicação" entre atletas e diretoria. "A diretoria reprova, não pela manifestação, mas pela falta de contato. Qualquer trabalhador tem direito de fazer sua reivindicação. Vim saber (da greve) só depois. Ninguém me tinha colocado essa situação pela manhã (de quinta-feira). Acabou sendo uma atitude intempestiva", declarou Constantino. "Não há culpado. Ninguém está aqui para apontar dedo. Que isso só dê forças para o Santa Cruz. Foi isso que a gente pediu para os atletas", complementou.