Já "íntimo" do clube, Nathan se coloca à disposição para ser titular no ataque do Santa Cruz

Parece que Nathan está no Arruda há mais tempo. Refere-se já ao clube como "Santinha". Contratado no começo de fevereiro, o gaúcho, de fato, estreitou laços com o Tricolor após ter feito o seu primeiro gol como profissional na última sexta, diante do Paraná. Com a dispensa de Betinho e mais uma lesão de Bruno Mineiro, o atacante se coloca à disposição para ser titular. Esquecido durante todo o Pernambucano, quando jogou só parte de uma partida, saiu do banco já duas vezes nesta Série B, mas agora espera uma sequência maior no time de cima.  
 
"Eu estou bem tranquilo. Se aparecer essa oportunidade de usar a camisa 9 do Santinha, eu quero aproveitar da melhor forma possível e continuar numa crescente", disse Nathan, que ainda comemora o gol que fez. "Fico feliz porque entrei e correspondi em campo. O mais importante é dar continuidade ao trabalho e, quem sabe, fazer mais gols".

Nathan, aliás, não para de ver o lance que do seu gol. "Vi muitas vezes. Cansei de ver. Estou vendo direto. Até hoje de tarde, estava sem muito o que fazer depois do almoço e vi de novo. Foi o meu primeiro gol, até por causa da repercussão que deu por causa da comemoração."

Quer também esquecer os tempos que permaneceu esquecido no clube durante o Estadual, onde sequer treinava entre os reservas por muitas vezes."O professor Ricardo (Ricardinho) sempre me deixou tranquilo. No Pernambucano, eu não tive tanta oportunidade, mas ele disse que na Série B as oportunidades iriam aparecer", declarou. "Sempre fiquei bem tranquilo. O cara fica chateado porque quer jogar, com certeza, mas continuei trabalhando firme. Foi o mesmo caso do Nininho. Não estava sendo aproveitado, não estava jogando e do nada recebeu uma oportunidade e agarrou", emendou. Pensa no futuro. "Meu plano de carreira era vir para o Santinha para ter continuidade, para voltar a jogar. Nos clubes que eu passei, eu não tive continuidade.

"Cachorrão", apelido da avó
Quando balançou as redes, Nathan comemorou correndo em direção à bandeira de escanteio e começou a imitar um cachorro, com direito até a um "xixi" de perna levantada. Explicou. Disse que era conhecido como "Cachorrão". Agora, detalhou as origens do apelido. "Desde os nove anos, a minha avó sempre me chamava de cachorro quando eu era da base do Internacional-RS. Aí todo me conhece em Porto Alegre como "Cachorrão". Não sei porque ela mexia comigo assim. Dizia que, se eu não fizesse gol, não ia ganhar ração em casa. Aí pegou", contou aos risos.