Santa Cruz

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Martelotte minimiza 'indisciplina' do Santa Cruz neste início de ano: "Temos problemas maiores"

Treinador ignorou expulsão de Keno na terceira rodada do Estadual para defender sua tese e, por encaixe da marcação, autoriza aumento do número de advertências

postado em 26/02/2016 20:26 / atualizado em 26/02/2016 20:25

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

 Ricardo Fernandes/DP
O Santa Cruz terminou a última Série B do Brasileiro como quinto time que mais recebeu cartões amarelos (107), segundo com mais vermelhos (8) e mais faltoso (668) - segundo contagem do site de estatísticas Footstats. Este excesso tem persistido no time neste início de 2016. A equipe já é a mais “indisciplinada” do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano, com 13 amarelos e uma expulsão - de Keno, inclusive não lembrada pelo técnico Marcelo Martelotte, que relativiza esse retrospecto da equipe.  

Na Copa do Nordeste, o Tricolor recebeu apenas dois cartões amarelos em cada uma das três partidas disputadas até aqui. No Estadual, por sua vez, o time tem uma média de 3,25 cartões por jogo. No entanto, Martelotte, embora possa perder peças por suspensão no futuro, crê que tem questões maiores a resolver na equipe do que esta. Na defesa desta sua tese, porém, falha a memória e diz que nenhum  dos seus atletas recebeu vermelho, esquecendo-se da expulsão de Keno em Santa Cruz x América, em 11 de fevereiro, pela terceira rodada da competição.

“Sinceramente, quando os resultados não vêm, temos problemas maiores que cartões. Até porque a gente não tem tido expulsões. Acho que isso é importante. Sempre falo que é fundamental que a gente termine jogo com os 11 para ter condições de ter resultado bom. Mas questão de cartão amarelo, de falta, para mim não representa muita coisa em relação a trazer preocupação, a ter que consertar”, disse. “Quando você vai ver simplesmente pelos números é difícil avaliar. Como falei, a gente não teve jogadores expulsos. Se tivesse, aí sim poderia me preocupar”, acrescentou. 

Se for para encaixar a marcação do time, algo que ele vem procurando incessantemente neste início do ano, Martelotte, por sinal, não vê problema que esta quantidade de advertências aumente. “Entendo que para a gente funcionar defensivamente, precisa ter uma marcação ainda mais forte. Não com faltas, mas com um posicionamento melhor, com uma aproximação maior. Se isso acarretar em um número maior de cartões amarelos, não vai me preocupar.”