Santa Cruz

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Mendes expõe perfil motivador no Santa Cruz e ganha elogios do grupo: 'Se preocupa com tudo'

Além do trabalho tático, treinador tem focado no psicológico dos atletas

postado em 09/04/2016 16:00 / atualizado em 10/04/2016 13:29

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Brenda Alcantara/Esp DP
Desde quando chegou no Santa Cruz, o técnico Milton Mendes tem trabalhado essencialmente em duas frentes: no ajuste do time com diários treinos de posicionamento, mas também no lado psicológico do grupo. Conversas demoradas antes de cada atividade viraram rotina no Arruda. No início de muitos treinamentos, como o de ontem, as conversas se estendem no campo e terminam em aplausos de todo o grupo para as palavras do novo professor.

De fato, os jogadores têm entendido a metodologia de trabalho de Mendes. Os procedimentos detalhistas e preocupados com o bem-estar de cada peça do plantel rende elogios do atacante Grafite. “Milton tem estilo bem parecido com o Emerson Leão, com que trabalhei no São Paulo, em 2005. Não se preocupa só com a parte tática, técnica. Se preocupa com tudo, do gramado ao dia a dia no hotel (da concentração). É boa essa sintonia entre jogador e treinador”, falou o camisa 23.

Uillian Correia endossa a opinião do colega e valoriza, sobretudo, os bate-papos individuais e as constantes conferências com o elenco. “Tudo na vida é conversa. Futebol, muitas vezes, não é só grito, gesticulação. É um cara muito sábio, muito inteligente e está passando experiência para nós”, pontuou o volante coral.

Convicto na sua filosofia, Mendes não esconde a importância de estar cada vez mais próximo dos jogadores. “É conversando, tentando conhecer e buscando como entrar no coração de cada um deles. Você entrando no coração, é uma linha direta para a mente. É por aí. Com uns, preciso ser mais duro e com outros, mais carinho.” O técnico acredita até que este contato rotineiro é mais importante do que ele pode fazer antes e durante as partidas.

“Porque minha preleção é curta, de 15 minutinhos? Meu trabalho foi durante a semana e eu só relembro dos tópicos. Uma palavra de incentivo, um pequeno vídeo e acabou. Durante o jogo, é um ajustezinho aqui, outro ali, mas o mais importante é o trabalho da semana”, afirmou.

E como Milton Mendes motiva a si mesmo? A reposta está na religião e no próprio trabalho de motivar os seus comandados. “Procuro me equilibrar lendo, rezando. Sou católico praticante. Não sou fanático e nem sou ateu. Procuro muito meu equilíbrio na oração, lendo e entendendo cada jogador. Minha motivação passa também em fazer com que os atletas entendam o que é importante.”