Santa Cruz

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Falta de concentração: sofrer gols no fim dos jogos é frequente no Santa Cruz de Doriva

Dos 13 gols levados pelo time tricolor sob o comando do técnico, dez deles foram no segundo tempo, dos quais quatro após os 40 minutos da etapa final

postado em 20/09/2016 08:20 / atualizado em 20/09/2016 08:29

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ivan Storti/Santos FC
Os momentos finais de cada jogo têm sido de frustração para o Santa Cruz. Sofrer gols perto do término das partidas virou fato recorrente. Foi assim na derrota por 3 a 2 para o Santos, no Pacaembu, no último domingo, quando Vitor Bueno deu a vitória para o Peixe ao acertar um chute de fora da área, já aos 41 minutos do segundo tempo. Sob o comando do técnico Doriva, a retaguarda tricolor tem caído de rendimento após o intervalo. Dos 13 gols sofridos pelo time na gestão do treinador, dez foram nos últimos 45 minutos. Quatro deles, assim como no revés do último domingo pela Série A, depois dos 40 da etapa final. Se quiser melhor sorte, nesta quarta-feira, contra o Independiente de Medellín, pela Copa Sul-Americana, o sistema defensivo coral vai precisar manter a atenção até o derradeiro apito do árbitro.  

Passado cada tropeço com gol levado no fim, Doriva e os atletas sempre reforçam a necessidade de a equipe seguir vigilante na defesa o tempo inteiro durante os jogos. No entanto, a correção da falha vai ficando apenas no discurso. Após o baque diante do Alvinegro Praiano, mais lamentações por ter entregue pontos perto do fim do confronto e novamente a promessa de melhora.

“O Vitor (Bueno) fez o gol em um belíssimo chute. Isso só acontece conosco”, lamentou Keno, buscando explicações na coincidência e no acaso. “Estamos sofrendo gols por falta de atenção. Tem que ver isso corrigir o mais rápido possível, porque não podemos mais perder jogos", disse o zagueiro Neris, numa análise mais sóbria que o atacante.

Doriva, por sua vez, voltou a pedir mais concentração. “Futebol é detalhe. Fizemos um jogo equilibrado e mantivemos nossa organização. Em um lance de felicidade e qualidade, eles fizeram um belo gol em um momento que estava se encaminhando para um empate.”

"Entregadas"
Não fossem as recentes “entregadas” de resultados no fim dos jogos, o Santa Cruz poderia ter até seis pontos a mais na tabela do Brasileirão. Hoje, ao invés de amargar a vice-lanterna, estaria fora da zona de rebaixamento do campeonato. Se tivesse mais cuidado defensivo depois dos 30 minutos do segundo tempo, não perderia dois pontos diante da Chapecoense, teria vencido o clássico contra o Sport e ainda deixaria o Pacaembu com um empate valioso frente ao Santos.

Para arrancar um bom resultado em Medellín, a referência do Tricolor é o seu desempenho defensivo na própria Sula. As duas partidas com o rival rubro-negro pelo torneio continental, na Arena de Pernambuco, foram das poucas vezes que o Santa de Doriva não sofreu gols. Além delas, a equipe coral no comando do treinador acabou não sendo vazada só em mais um jogo: na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, pela Série A. Coincidência ou não, o Furacão é o segundo pior ataque da competição.  

O Santa Cruz de Doriva

8 jogos e 13 gols sofridos

10
gols sofridos no segundo tempo

5
depois dos 30 do 2º tempo

dos quais, 4 após os 40 do 2º tempo

Na Série A:


Santa Cruz 0 x 1 Fluminense (Arruda)
Dourado (29’ do 1º tempo, Fluminense)

Cruzeiro 2 x 0 Santa Cruz (Mineirão)
Robinho (3’ do 2º tempo, Cruzeiro)
Ábila (7’ do 2º tempo, Cruzeiro)

Santa Cruz 2 x 2 Chapecoense (Arena de Pernambuco)
Kempes (27’ do 1º tempo)
Bruno Rangel (41’ do 2º tempo)

Sport 5 x 3 Santa Cruz (Ilha do Retiro)

Durval (7’ do 2º tempo)
Rodney Wallace (24’ do 2º tempo)
Ruiz (34’ do 2º tempo)
Vinícius Araújo (44’ do 2º tempo)
Éverton Felipe (46’ do 2º tempo)

*Santa Cruz 1 x 0 Atlético-PR (Arruda)

Santos 3 x 2 Santa Cruz (Pacaembu)

Copete (aos 5’ do 1º tempo)
Jean Mota (aos 25’ do 2º tempo)
Victor Bueno (aos 41’ do 2º tempo)

* Na Sul-Americana:

Santa Cruz 0 x 0 Sport (Arena de Pernambuco)

Sport 0 x 1 Santa Cruz (Arena de Pernambuco)


*sem gols sofridos