Santa Cruz

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Diante de iminente queda, Tiago Cardoso lamenta momento do Santa: "É vergonhoso"

Com apenas sete partidas a serem ainda disputadas, o Tricolor, estagnado nos 23 pontos, não alcança mais a margem histórica para que seja evitado o rebaixamento

postado em 18/10/2016 12:00 / atualizado em 21/10/2016 09:22

Antônio Melcop/Santa Cruz
Restando somente mais sete rodadas até o fim do campeonato, o Santa Cruz vai ensaiando o adeus à elite do Brasileiro. Matematicamente, o tricolor ainda não foi rebaixado. No entanto, após a derrota para a Ponte Preta na última rodada, e com apenas mais 21 pontos a serem disputados no torneio, o Tricolor não chega mais a margem histórica segura, de 46 pontos, para que seja evitado o rebaixamento para a Segunda Divisão. A queda é, portanto, quase irreversível para o time pernambucano. Diante deste quadro, o goleiro e ídolo do clube Tiago Cardoso, que esteve presente em toda a trajetória de recuperação e ascensão do Tricolor da Série D à Série A, revela o sentimento de frustração e vergonha que carrega por não ter, junto à equipe, atingido o resultado almejado.

“É doloroso. É vergonhoso estar nesta situação. A gente não pensava isso, não sonhava isso. Eu posso falar particularmente. A minha esposa e os meus filhos sabem da vergonha que eu tenho de andar na rua, às vezes. Não pelo trabalho, que todo mundo deu seu máximo. A vergonha é porque a gente não conseguiu resultado. Sabemos o sofrimento que foi colocar o Santa Cruz numa Série A”, recorda. “Não conseguir êxito é frustrante. É triste. Não tinha passado por isso. Para mim, foi muito difícil. Doloroso. Agora é levantar a cabeça, trabalhar, continuar firme, porque a vida continua”, completou.

O arqueiro, no entanto, com as últimas sete partidas a serem disputadas, descarta a possibilidade ter ‘jogado a toalha’ e evita falar em planos para 2017. “O professor (Doriva) não falou nada. Não ouvi falar em próximo ano. Tem que focar no Botafogo. Evito planos para o próximo ano. Tenho contrato com o clube.” De volta à equipe na partida diante da Ponte Preta devido a um trauma na coluna sofrido por Edson Kölln, Cardoso prega foco nos três pontos a serem conquistados e olhos no futuro, em detrimento do que já passou. “Circunstância para a gente é de vida ou morte. É entrar focado em busca da vitória a todo custo. Não dá para olhar o que passou. Temos que mudar o futuro com as ações de hoje. Dentro de casa, a gente vai ter que dar o máximo, sair esgotado”, completou.

O que não deu certo na Série A
Diante dos resultados, o arqueiro, ainda, atribuiu à irregularidade entre os setores o mau desempenho da equipe no campeonato.  “Não encontramos regularidade. Quando defesa estava bem, ataque não estava. Quando o ataque estava, a defesa não. Quando o lado esquerdo vinha bem, o problema era o direito. Faltou equilíbrio na competição. E por muitos fatores que vocês e os torcedores sabem: questões extracampo, viagens, lesões,” explicou. Para ele, por esse motivo, o Tricolor deixou escapar a oportunidade de garantir os três pontos em mais de uma vez. “ Vários jogos dominamos o adversário. Tínhamos a oportunidade de matar, não aproveitávamos e sofriamos os gols”, analisou.