Santa Cruz

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Matematicamente rebaixado, Adriano acredita que momento no Santa não é de apontar os erros

Com a queda decretada nesta quarta-feira, a pedida do técnico tricolor é por "unir a casa", finalizar o campeonato e dar início ao planejamento para o próximo ano

postado em 17/11/2016 12:15 / atualizado em 17/11/2016 14:31

Antônio Melcop/Santa Cruz
Com um hiato de dez anos, mas um roteiro que se desenham no Arruda de forma semelhante ao cenário em que esteve o Santa Cruz em 2006, última vez em que havia disputado a Série A do Brasileiro. Após as conquistas do estadual e da Copa do Nordeste no início do ano, o Tricolor parecia passível de desempenhar uma boa campanha ou, ao menos, manter-se na elite nacional por mais um ano. Nesta quarta-feira, no entanto, após a derrota pelo placar mínimo para o Coritiba no Couto Pereira, teve seu rebaixamento à Série B matematicamente decretado. Integrando a comissão técnica do clube desde o início da campanha de 2016, o técnico Adriano Teixeira aponta o momento como delicado e busca tirar os erros como aprendizado. Preferindo não expô-las, o almejo do treinador é por administrar as falhas para, assim, dar início ao planejamento do próximo ano.

“A gente sabe que o momento é delicado, o momento é difícil, mas muitas coisas servem de lição. Tivemos alguns erros, mas agora o momento não é de expor (esses erros). É de unir a casa mais ainda. Buscar organizar, trabalhar esse três últimos jogos. Não adianta procurar algum problema, algum defeito, alguma coisa que aconteceu para justificar. É levantar a cabeça, trabalhar e pensar no próximo ano já”, concluiu.

Diante do retrospecto do Tricolor no início do ano, a busca é por entender onde estiveram os erros do clube na competição. Para o técnico, parte do problema também gira em torno da dificuldade apresentada pela necessidade de manutenção do bom rendimento durante a disputa do nacional. “É muito difícil você responder qual foi o momento, qual foi a situação e o que foi. A gente fez um primeiro semestre muito bom. Fomos campeões do Pernambucano, da Copa do Nordeste, mas o Brasileiro é diferente. É totalmente diferente. É um campeonato duro, longo, onde se você bobear um pouquinho é difícil de dar a volta por cima”, analisou o comandante.

Apesar do momento, o treinador enalteceu o trabalho do grupo, traçando perspectivas para o futuro. "A equipe está de parabéns pela entrega, pela dedicação. Acho que os jogadores estão decepcionados pela situação, mas temos três jogos pela frente em que temos que honrar a camisa do Santa Cruz, honrar o nome de cada um e eles estão fazendo isso e muito bem. Há de se tirar o chapéu para cada um deles. Sabemos que estamos passando por essa situação, mas futebol não acaba aqui. Tem muita coisa pela frente”, concluiu.