
A referência para o milagre atual é de 2015, quando a briga era pelo acesso. Grafite e Marcelo Martelotte integravam o elenco tricolor. Após uma derrota em um Clássico das Emoções como mandante e um empate em 0 a 0 contra o Atlético-GO, fora de casa, as chances do Santa Cruz chegar à Série A eram mínimas. Cinco pontos separavam o clube da entrada no G4. Restavam os mesmos seis jogos que faltam para o fim da competição deste ano. Veio a sequência avassaladora. O Tricolor venceu todas as partidas e garantiu vaga na Série A de 2016.
O contexto, porém, é totalmente diferente do atual. Naquele ano, o Santa Cruz, apesar dos resultados ruins contra Vila Nova e Náutico, vivia uma crescente na competição após a chegada de Marcelo Martelotte e a contratação de Grafite. A qualidade do elenco era reconhecida. A missão, apesar de difícil, era classificada como “possível”. Não havia também tantas turbulências extracampo quanto agora.
Apesar da situação complicada, o atacante Ricardo Bueno repete o discurso de que é preciso acreditar de qualquer modo até o fim. “Na verdade a gente não pode desistir. A gente sabe que é muito difícil, que não conseguimos essa sequência no campeonato ainda, mas não podemos desistir. Temos que vencer esse e depois pensar nos outros”, afirmou.