Santa Cruz

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Leston admite dificuldade na criação de jogadas do Santa Cruz e cita peso de desfalques

Últimos cinco gols marcados pelo time foram de bolas paradas; para técnico, período sem Marcos Martins e Danny Morares comprometeu a saída de bola

postado em 29/03/2019 17:33 / atualizado em 29/03/2019 18:16

<i>(Foto: Léo Malafaia/ Esp. DP)</i>
O Santa Cruz vive momento de oscilação na temporada. Após um bom início de ano, registra apenas duas vitórias nas últimas oito partidas. Além disso, neste período, balançou as redes adversárias apenas cinco vezes e todas foram após jogadas de bola parada. Frisando que o time tem dado ênfase a esse tipo de jogadas por conta da maratona de jogos na qual o Tricolor tem sido submetido, o técnico Leston Júnior não deixou de reconhecer que isso evidencia um problema na equipe.

"O que tem de positivo (na estatística), é a repetição. Se você joga de três em três dias, é o que você consegue treinar, a bola parada", pontuou. "De ruim, demonstra que essa dificuldade existe de uma somatória de fatores. Ela tem o cunho treinamento, e tem outra que é a questão de individualidades".

O treinador coral explicou que a ausência dos experientes defensores Marcos Martins e Danny Moraes - ambos por problemas musculares na coxa direita, tendo o lateral retornado ao time na última partida após seis jogos fora, enquanto o zagueiro completará nove jogos seguidos sendo desfalque neste sábado - comprometeu a saída de bola que a equipe tinha no início de temporada.

"A medida que perde Danny Moraes, que é o zagueiro mais experiente que nós temos, perde (qualidade na) iniciação (de jogadas). Porque eu não estou falando de qualidade técnica individual, estou falando de maturidade. Danny vai rodar muito mais a bola, ter paciência, do que os dois meninos de 21 anos (João Victor e William, atuais titulares). Quando perde Marcos Martins, que é um dos principais jogadores na nossa iniciação, vai ter muito mais dificuldade de iniciação", disse. "São características que afetam diretamente o time jogar. Se for lá atrás, no início, nos dez primeiros jogos, quando tinha essa estrutura defensiva ali, repetindo sempre, com Danny, Marcos, na época jogava Vitão, e Bruno (Ré), a gente tinha uma iniciação de pé em pé, com mais posse, mais tranquilidade, sem alongar tanto o passe", completou.