
Fora da capital pernambucana, o comandante disse que acompanhou o estado atual do gramado através de fotos e justificou as transferências de mando de campo que aconteceram esse ano. Para os próximos meses de preparação, a atenção será voltada para as laterais do campo.
Sem condições da bola rolar no Arruda no início de 2019, por conta da inaptidão do gramado, o elenco do Santa Cruz teve o mando de campo deslocado para São Lourenço da Mata. Foram dois jogos pelo estadual (América e Afogados) e outros dois pelo Nordestão (Bahia e ABC). O tão esperado primeiro encontro da torcida tricolor com o Arruda esse ano, veio acontecer somente após a primeira quinzena de fevereiro. Mas, agradou. No dia 17 de fevereiro, os tricolores venceram o Sport por 1 a 0.
“Tínhamos todos os critérios técnicos. Quando recebemos as visitas de vistoria, a CBF fez algumas recomendações e só liberou para o jogo contra o Sport, em fevereiro.”, declarou o integrante do núcleo gestor do clube, Victor Pessoa de Melo.
Nesta quarta-feira, o gramado do estádio do Arruda está em reta final da desmontagem do palco usado para apresentação da banda americana Bon Jovi, no último domingo. E o clube está aguardando o processo de devolução, mas com pensamentos de mudanças engatilhados.
O integrante do núcleo gestor do Santa comentou os próximos passos, contados a partir do momento da retirada das placas cinzas, que foram colocadas para evitar desgaste da grama durante o show do final de semana. A empresa responsável pela execução das intervenções é a mesma que faz a manutenção no estádio, a Green Leaf.
“Certamente essas obras que serão feitas irão completar uma condição bem melhor”, completou o presidente do Santa Cruz.
“As ações planejadas de manutenção já foram executadas. E o tom de verde mais claro é natural, não traz nenhum prejuízo.”, alertou inicialmente, Victor. “A gente vai dar continuidade às ações de requalificação do gramado. A ideia era trocar tudo, mas por conta de uma camada espessa de argila abaixo da grama, nosso trabalho teve restrição. Em média, a camada de argila tem sete centímetros, e nesse local encontramos de 18 a 22. A grossura não permitia a passagem da água para executar a drenagem. Toda a camada foi arrancada para ser preenchida com areia. Isso acabou desequilibrando o planejamento financeiro.”, explicou.
Ele destacou ainda os cuidados do clube com a área central do campo no mês de janeiro. Onde foram trocados quatro mil e quinhentos metros quadrados do tamanho total do gramado. No Arruda, a prioridade agora são as áreas laterais. Que, segundo o gestor, receberão uma metodologia de verificação para retirada das camadas de argila e complementação com areia. O processo acontecerá num prazo de 60 dias a partir da data de início, que deve acontecer entre os próximos quinze dias.
Resgatando o pedido de não jogar em casa, feito pelo então treinador do Santa na época, Milton Mendes, o presidente do Santa Cruz comentou que fatores externos contribuíram para o deslocamento dos tricolores, exaltando ainda que a ocorrência não foi exclusividade dos corais. “O período de chuvas em Recife foi muito forte, a ente tem uma cidade que tem dificuldade em relação ao nível do mar. Tem um inverno rigoroso, e durante o ano a situação foi essa. E isso (deslocamento do mando de campo) não aconteceu só com o Santa”.
O comandante coral relembrou o episódio que adiou, pela segunda vez, a partida entre Náutico e Botafogo/PB, nos Aflitos, no dia 17 de junho. Citando ainda o recente acordo de negociação que o time do Sport fez para também poder mandar jogos na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata.