Santa Cruz

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Como, quando e quantos subirão: Itamar Schülle detalha planejamento da base do Santa

Em entrevista exclusiva ao Superesportes, treinador coral falou dos planos para aproveitar os garotos que foram bem na Copa São Paulo

postado em 17/01/2020 07:45 / atualizado em 17/01/2020 11:28

(Foto: Marlon Costa/Futura Press)
Discurso forte, direto. Mas, sobretudo, objetivo. São sob essas características que Itamar Schülle, técnico do Santa Cruz, vem se notabilizando. E que à reportagem do Superesportes, em entrevista exclusiva, detalhou o planejamento a ser feito - e posto em prática - pela comissão técnica com relação aos atletas forjados nas categorias de base do Tricolor que disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2020. Quem irá compor o plantel profissional, quantos atletas subirão e em qual momento podem ser inseridos no time principal? Itamar respondeu a todas essas perguntas. 

Análise da base

“Eu sempre fui, em toda minha profissão como treinador, de olhar a base. Não tem nenhum clube que eu passei e não subi alguém, não revelei alguém. Então, eu olho muito para a base porque eu sei que ali sempre tem potencial. A gente já acompanhou a base aqui, fizemos um treinamento, fizemos um jogo-treino contra eles”

Quantos irão subir?

“Eu já tinha falado aqui antes da Copa São Paulo, que eu tinha gostado do goleiro, Rockenedy, do volante André, do meia João Cardoso e do centroavante Léo (Gaúcho). Todos foram muito bem. E isso eu já tinha percebido no jogo-treino. E eles apenas confirmaram o que eu falei disputando a Copa São Paulo. Além deles, eu tinha gostado de outros também. No mínimo, uns quatro, cinco atletas a gente vai subir para ficar conosco no grupo principal”

Como será esse processo?

“Eu vou sentar com o treinador (Filipe Alves), que ele é quem tem os melhores detalhes. Mas, a questão de subir, a gente tem que ter muito cuidado. São bons jogadores, e que daqui a pouco vão estar em um clube grande, tipo o Warley que era da base e acabou saindo (contratado pelo Botafogo após colocar o Santa Cruz na Justiça). Esses jogadores vão acabar saindo para um time grande. Mas para revelá-los você tem que colocar eles no momento certo”.

Inserção no profissional 

(Foto: Cristiano Fukuyama/Divulgação)
Se eu colocar eles não tendo uma equipe forte, o pessoal vai começar a achar que eles também são ruins, vão começar a achar que não servem. Quando o clube não está bem e o time também, aí se você colocar o menino e ele não vai bem, não por culpa dele mas pelo contexto, aí começam achar: ‘esse guri não serve’. E se cria pressão em um guri que tem capacidade. Não podemos fazer isso. É o que e digo: a gente tem que ter uma equipe estruturada, que o Santa Cruz ainda não tem.

Como você enxerga o atual estágio do Santa?

“Nós começamos um trabalho com dois jogadores, o Pipico e o Danny Morais. Estão chegando jogadores, uns acabaram indo embora e agora estão voltando. Então estamos nesse processo. Ainda não temos atacante. Temos que trazer esses atletas e dizer: ‘agora que nosso grupo está mais coeso, está mais forte, a partir daí colocaremos esses atletas (da base) para jogar. E aí sim eles vão se fortalecendo, vão criando corpo para se manterem como titulares. É isso que eu penso dos meninos e quanto ao trabalho de hoje”

Projeção para a temporada

Eu falei agora quando estava lá no Rio, no curso dos treinadores: ‘eu vou para o curso fazer o meu melhor e o melhor por clube’. Então, estou tentando montar o grupo e tentando treinar os detalhes de cada um. Isso leva tempo para formar um grupo forte, um elenco forte. E daqui a pouco possa ser que eu nem colha os frutos disso, porque o resultado vai demorar um pouco para vir. Mas o meu trabalho, o que está na minha mente, eu tenho que fazer. Porque se não fizer o melhor que eu creio, assim eu vou embora.