Santa Cruz

SANTA CRUZ

Mesmo favorável à parada pelo coronavírus, presidente do Santa lamenta perda técnica

Para Constantino Júnior, suspensão das competições ocorre justamente no momento em que o time coral "criava maturidade"

postado em 18/03/2020 08:30 / atualizado em 18/03/2020 08:20

(Foto: Ricardo Fernandes/DP)
Os frutos são muitos. E positivos. Liderança garantida no Campeonato Pernambucano, vaga assegurada na Copa do Brasil do próximo ano e, ainda, na briga pela classificação às quartas de final da Copa do Nordeste. Hoje, este cenário é vivido pelo Santa Cruz. Mas o bom momento, neste início de temporada, terá uma pausa devido às medidas sanitárias de combate ao Coronavírus, uma vez que a Liga do Nordeste e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) decidiram por suspender as competições regional e estadual. 

Mesmo favorável às suspensões, o presidente tricolor, Constantino Júnior, lamentou o tempo em que o departamento de futebol terá que parar. Justamente em um momento que, segundo o mandatário, o elenco havia criado uma ‘maturidade de grupo’.  Na manhã da última terça-feira, o clube emitiu uma nota oficial declarando a suspensão de todas as suas atividades até o dia 31 de março.  

“Isso é tudo muito novo. Estou muito triste, pelo momento que a gente vinha vivendo, principalmente pelo lado técnico. A gente demorou muito para criar uma maturidade de grupo e mesmo assim, com um elenco recém-formado em relação aos rivais locais, estamos em uma liderança de campeonato, onde os clubes que mantiveram a base tiveram dificuldade. Então, é muito difícil esse momento. Nosso trabalho está no caminho certo e aí tem que parar”, lamentou Tininho. 

Outro ponto levantado por Constantino Júnior foi a preocupação por parte da diretoria do Santa Cruz em minimizar os custos de manutenção da sede social do Arruda e demais dependências do estádio. De acordo com o presidente, “manter o Arruda tendo jogos já é difícil, agora avalie sem ter”. 

Além disso, a cúpula da Cobra Coral, na tentativa de buscar soluções para onerar menos os cofres do Santa Cruz, deve se reunir nos próximos dias para discutir quais serão os passos a serem tomados. . 

“A gente vai ter que ter muita criatividade, muita verdade no trato, inclusive porque o Santa Cruz não tem recursos para receber. A gente tem muitos credores. Temos que usar a criatividade, mas temos que entender o momento, porque esse lado da vida humana pesa mais do que o lado financeiro. Esse esforço coletivo tem que acontecer, mas é claro que dá mais trabalho para quem está dirigindo um clube que tem a obrigação de honrar os compromissos. Nos próximos dias vamos sentar com diretores e presidentes para ver o que podemos fazer”, esclareceu.