Santa Cruz

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Sem futebol, parte dos patrocínios do Santa Cruz cairá pela metade nos próximos três meses

Segundo o diretor do núcleo gestor coral, Ítalo Mendes, pagamentos da JBS, Ilumi e Krona serão diluídos e compensados em períodos subsequentes

postado em 09/04/2020 10:00 / atualizado em 09/04/2020 16:18

(Foto: Bruna Costa/Esp.DP FOTO)
Na última semana, a diretoria do Santa Cruz começou a se movimentar para manter seus patrocinadores, em virtude da paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus. Entre as ações, duas medidas estavam em pauta: suspensão temporária de vínculo e renegociação nos valores dos contratos. Mas, nos últimos dias, a cúpula coral definiu o que será feito. O Tricolor vai reduzir em 50%, nos próximos três meses, os valores dos seus contratos com três empresas que hoje patrocinam o clube: Krona, Ilume e JBS. Foi o que explicou o diretor do núcleo gestor da Cobra Coral, Ítalo Mendes, à reportagem do Diario de Pernambuco. 

A ideia, discutida em conjunto com a cúpula do Tricolor e os patrocinadores, é de que a  redução, a valer a partir deste mês de abril e indo até junho, seja restituída para o Santa Cruz nos períodos subsequentes, de julho até dezembro. Ou seja, haverá uma diminuição nos pagamentos mensais de agora, mas sem prejudicar o montante total dos contratos. 

“No contrato da Krona foi reduzido em 50% os vencimentos de abril, maio e junho. O valor reduzido será diluído nas parcelas a vencer de julho a dezembro, sem prejuízo do montante global. Ou seja, haverá uma compensação. Não vamos perder o dinheiro do contrato inicial. Só estamos readequando os negócios por conta dos jogos sem futebol. A mesma sistemática acontecerá com a Ilume e a JBS”, explicou Ítalo.  

De acordo com o vice presidente do Santa Cruz, Tonico Araújo, a JBS é quem desembolsa o menor valor de patrocínio à Cobra Coral. Uma quantia de aproximadamente R$ 10 mil reais é paga por mês pela concessionária. O valor dos contratos da empresa de tubos e conexões, Krona, e a Ilumi, marca de materiais elétricos, têm um valor estimado em R$ 25 mil, cada.  No total de patrocinadores, antes da paralisação do futebol, o Tricolor embolsava cerca de R$ 200 mil por mês. 

Outra questão: Estadium, Iquine e Kicaldo

Parceira do Santa Cruz, a Iquine deixou de estampar o uniforme, mas continua como patrocinadora de tintas do clube. Conforme garantiu o diretor do núcleo gestor do Tricolor, Ítalo Mendes, a empresa acordou em pagar os meses de janeiro - já quitado -  e fevereiro, a ser pago neste mês, períodos nos quais estampou a camisa.  

A Estadium, patrocinadora master da Cobra Coral, decidiu parcelar os pagamentos, mas seguirá com o clube. Ainda segundo o dirigente, faltam alguns repasses de verbas a serem feitos. O atraso, no entanto, é de ordem burocrática, por conta dos trâmites de liberação de recursos que vêm de fora do país, explicou Ítalo Mendes. 

E, por fim, a fornecedora de alimentos Kicaldo foi a única patrocinadora do Santa Cruz que já quitou todo o valor referente ao contrato. No início deste ano, a empresa adiantou verbas para algumas taxas destinadas ao departamento de futebol e o restante dos pagamentos vêm sendo feitos em alimentação.