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Com atividades paralisadas, Santa Cruz reduz em R$ 120 mil gastos no Arruda, diz diretor

De acordo com Fred Dias, Tricolor desafogou vários custos do dia a dia mas, em contrapartida, clube igualmente vem sofrendo perda de receitas

postado em 15/04/2020 15:00 / atualizado em 15/04/2020 20:34

(Foto: Reprodução/Victor Pessoa)
Sem futebol por tempo indeterminado até que a pandemia do novo coronavírus seja resolvida, na tentativa de inibir a grande disseminação da doença, vários clubes do Brasil e do mundo suspenderam suas atividades. O Santa Cruz, por exemplo, é um deles. E, este tempo parado sem futebol - cujo período completará um mês na próxima sexta-feira - apesar da crise financeira que instaurou, com queda brusca de receitas, do outro lado, também proporcionou uma redução de custos. 

De acordo com o diretor de futebol Fred Dias, procurado pela reportagem do Diario de Pernambuco, o Tricolor economizou cerca de R$ 120 mil desde que a paralisação foi decretada. Em tempos normais, este valor representa boa parte da quantia de R$ 150 mil, em média, destinada à alimentação dos funcionários, comissão técnica, suplementação de jogadores, energia elétrica, dentre outros custos. 

“Não estamos pagando alimentação. O consumo é alto de alimentação, por exemplo. Por semana, a gente gasta R$ 10 mil só de carne, alimentando toda a base e todos os profissionais, porque se faz cinco por dia. Só de energia se gasta R$ 40 mil no Arruda. E se você fica fechado, parcialmente fechado, no caso, isso se reduz. São custos de água, gelo, farmácia, despesas com suplementação, exames médicos, regularização de atletas, gasolina para ônibus, gás de cozinha”, afirmou.  

A análise do cenário,  no entanto, não deve ser tão purista, alertou o diretor de futebol, Fred Dias. Isso porque, mesmo com e economia nos gastos devido à paralisação das atividades por tempo indeterminado, o Tricolor vem sofrendo sucessivas quedas de receitas. Como, por exemplo, a debandada de sócios, que gerou uma perda líquida de R$ 100 mil mensais, de acordo com o vice presidente de marketing, Guilherme Leite. Ou também a redução em 50%, pelos próximos três meses, no valor dos contratos da Krona, JBS e Ilume, algumas das empresas que patrocinam o Santa Cruz. 

“Cerca de 80 pessoas, em média, por refeição, entre funcionários, comissão, atletas que estão morando na concentração, atletas da base, atletas que estão lá pelo regime de treino, etc. São em torno de 400 refeições por dia. Em média, 8 a 10 mil refeições mês. Coloque aí a 10 reais por refeição, é o que se gasta em média. Às vezes, o pessoal acha que time de futebol só tem gasto com pagar salário de jogador. Agora, por exemplo, teve essa economia de R$ 100 mil? Tivemos. Mas perdemos o mesmo valor porque os sócios que deixaram de pagar nessa crise. É difícil”, ponderou Fred Dias.