
"O nosso objetivo agora é vencer o Sport. Com relação aos ingressos vendidos, é um desafio que eu proponho à torcida do Santa Cruz. Nós sempre fomos donos da Ilha do Retiro. Chamamos de casa de festejos e não vamos para a festa? Como é torcida, do Santa Cruz? Vamos apostar", provocou Tônico Araújo, em entrevista à Rádio Clube.
A disputa nas arquibancadas virtuais faz referência ao apoio que os torcedores podem dar aos seus times com ingressos vendidos, que ficarão a cargo de cala clube sobre o valor arrecadado. Para o gestor coral, embora ressalte respeito aos rubro-negros, a questão financeira é um apelativo para mexer com o brio da torcida.
"O dinheiro vai ficar para o Santa Cruz, não vai ficar no Sport, não. Vamos apostar para ver quem ganha isso? Vamos ganhar no campo e no ingresso. Vamos encher a nossa casa de festejos. Com todo respeito, mas a casa é nossa. O Santa Cruz precisa desse dinheiro. Vamos torcer, e com muito respeito ao Sport Club do Recife", reforçou à emissora.
A reportagem do Diario tentou entrar em contato com representantes do Sport, como o presidente Milton Bivar, para ouvir a parte rubro-negra, porém não houve resposta até a publicação do material.
A reportagem do Diario tentou entrar em contato com representantes do Sport, como o presidente Milton Bivar, para ouvir a parte rubro-negra, porém não houve resposta até a publicação do material.
"Casa de festejos"
O termo surgiu a partir de 1986, quando o Santa Cruz segurou um empate sem gols na Ilha do Retiro e se sagrou campeão pernambucano naquele ano, quando os estaduais possuíam um peso de maior relevância para o futebol nacional. Após o apito final da partida, o então jovem presidente José Neves - ou Zé Neves, como é mais conhecido -, correu para o alambrado da Ilha em direção à torcida coral e recebeu um bandeirão, que em seguida cravou no centro do gramado do estádio rival, marcando como território do Santa Cruz.
“Não foi premeditado. Não tinha como ser, pois ninguém esperava aquilo. Quando peguei a bandeira e vi que era muito pesada, pensei: ‘o que vou fazer com essa bandeira aqui?’. Aí, eu lembrei dos filmes de guerra, quando os soldados conquistavam territórios fincando a bandeira. Peguei a bandeira e fui levando, num trote leve. Quando percebi o silêncio das torcidas não teve jeito. Vi a bolinha do centro do gramado. Finquei a bandeira ali. A minha torcida foi ao delírio. Foi muita revolta do outro lado (rubro-negros), mas sem confusão alguma, rapaz. Eram outros tempos”, relembrou Zé Neves ao jornalista Cassio Zirpoli, no Blog do Diario de Pernambuco.
De lá para cá, as decisões entre Santa Cruz e Sport na Ilha do Retiro teriam um gosto diferenciado para os tricolores. Em 24 finais de Pernambucano disputadas entre os clubes, há o empate de 12 títulos para cada lado. Nesta década, foram quatro decisões (2011, 2012, 2013 e 2016), com o Santa Cruz levando a melhor em todas, sendo três delas com a final na Ilha do Retiro, o que fez abrir vantagem de decisões no estádio rival em 9 a 6 a favor dos corais.
Outras provocações?
No início da semana, o atacante Leandro Barcia do Sport, chegou a divulgar uma imagem em forma de 'card' da partida para o Clássico das Multidões, contendo a imagem do escudo do Santa Cruz invertida, de cabeça para baixo. Na ocasião, o atleta se desculpou pelo que chamou de 'equívoco', alegando ter recebido a arte de um torcedor do clube compartilhado.
Outras provocações?
No início da semana, o atacante Leandro Barcia do Sport, chegou a divulgar uma imagem em forma de 'card' da partida para o Clássico das Multidões, contendo a imagem do escudo do Santa Cruz invertida, de cabeça para baixo. Na ocasião, o atleta se desculpou pelo que chamou de 'equívoco', alegando ter recebido a arte de um torcedor do clube compartilhado.