Santa Cruz

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Santa pede 'bom senso' por maratona e estuda solicitação por troca de datas do Estadual

Caso Tricolor chegue às semifinais da Copa do Nordeste, terá que jogar duas partidas em 48 horas; intervalo mínimo estabelecido pela CBF é de 66 horas

postado em 24/07/2020 15:28 / atualizado em 24/07/2020 15:34

(Foto: Rafael Melo/Santa Cruz)
Classificado para as quartas de final da Copa do Nordeste e previamente classificado para as semifinais do Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz terá que quebrar a cabeça com fator em especial. E que pode interferir diretamente no desempenho do time nas decisões que têm pela frente: a maratona de jogos. Com possibilidade de chegar a duas partidas disputadas em intervalos de apenas 48 horas.   

Preocupado com este cenário, - inclusive já vivenciado pelo próprio Santa Cruz no início da temporada -, Nei Pandolfo, executivo de futebol coral, pediu ‘bom senso’ entre os dirigentes e ventilou que, em caso de classificação na Copa do Nordeste, o Tricolor deve solicitar à Federação Pernambucana de Futebol (FPF) a alteração da data das semifinais do Estadual. 

“Eu espero pelo bom senso dos dirigentes que marcam os jogos e entendam que os atletas tenham um tempo de recuperação. Isso é o mínimo, é um respeito ao ser humano. Isso tem que ser feito melhor para que os atletas tenham condição de jogo, porque aí você não tem o espetáculo de acordo com o que deveria ser. Vamos aguardar. Nós temos que primeiro vivenciar o momento de cada jogo e vivenciar para depois tomar as atitudes”, declarou Nei Pandolfo.  

O Santa Cruz entra em campo neste sábado, diante do Confiança, pelas quartas de final do Nordestão. Com a possibilidade de avançar de fase, as semifinais do Regional estão marcadas para os dias 28 ou 29 de julho. E é aí onde mora o nó a ser desatado, porque a Cobra Coral enfrenta o vencedor de Central e Náutico, pela semifinal do Campeonato Pernambucano, no dia 29.
 
Ou seja: caso se classifique diante do Dragão de Aracaju, a Cobra Coral terá que disputar dois jogos em dois dias. Cenário que infringe o intervalo mínimo de 66 horas estabelecido pela CBF e Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). 

Outro fator de desgaste do grupo é a logística de viagem. Por exemplo, para jogar contra o River-PI na última rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste, a delegação do Santa Cruz viajou para Salvador e, em seguida, percorreu quase 200 km para chegar em Riachão do Jacuípe, palco do duelo contra o Galo Carijó.  

Classificado, o elenco coral retornou a Salvador e, agora, diante do Confiança, viaja novamente para o interior da Bahia, rumo à Feira de Santana. Caso avance para a próxima fase do Regional, o plantel naturalmente terá que se dividir e intercalar voos quase que seguidos para Recife e a cidade soteropolitana, numa logística que só será definida a partir do resultado deste sábado.