Santa Cruz

Sérire B

Santa Cruz perde para o Boa Esporte por 4 a 2 e vitória do Guarani decreta rebaixamento

No confronto dos desesperados, equipe coral levou um passeio do Boa Esporte

postado em 11/11/2017 18:40 / atualizado em 11/11/2017 20:58

CARLOS COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Santa Cruz não não teve forças para bater o limitado Boa Esporte, neste sábado, em Varginha. No jogo dos desesperados, de duas equipes que brigavam contra o rebaixamento, pior para os tricolores. Mais uma vez, o time coral mostrou toda a sua limitação técnica diante de um adversário direto. A derrota por 4 a 2, no Estádio Dilzon Melo, foi o primeiro passo para rebaixar o time pernambucano à Série C. O segundo e decisivo foi dado logo depois, com o encerramento de Guarani 2 a 1 CRB. Matematicamente, a equipe não tem mais chances de permanência na Série B.

As duas equipes entraram em campo com um só objetivo: vencer. Um tropeço, mesmo que fosse o empate, poderia ser desastroso na luta contra o rebaixamento. Assim, a partida foi aberta desde o apito inicial. O Santa Cruz jogava a vida. E viveu uma encruzilhada. O time não poderia arriscar tudo ofensivamente e abrir a retaguarda para não ser surpreendido. Mas, as limitações técnicas corais acabaram trabalhando contra. Na primeira jogada em velocidade do Boa Esporte, aos 12 minutos, Rodolfo invadiu a àrea tricolor e foi derrubado, infantilmente, por Wellington Cézar. Pênalti. O próprio Rodolfo cobrou com categoria e abriu o placar. 1 a 0.

O gol do time mineiro no início do jogo era tudo que o Santa Cruz não queria. Mas, a reação coral não demorou. Aos 15 minutos, depois de uma cobraça de escanteio, a zaga do Boa cortou errado e Ricardo Bueno pegou a sobra, na entrada da área. O chute saiu mascado, a bola desviou em dois jogadores para entrar chorando no gol adversário.

O empate relâmpago foi importante para equilibrar as ações. Apesar da maior posse de bola dos mineiros, as chances ofensivas não foram tão claras. A melhor aconteceu aos 31 minutos, quando Geandro arriscou chute de fora da área e a bola passou raspando a trave de Julio Cesar. As oportunidades do Boa surgiam sempre pelo lado direito defensivo do Santa Cruz, nas costas do lateral Walber. Alí estava a avenida para os ataques da equipe de Varginha.

MAIS GOLS
Tanto que, no retorno para o segundo tempo, o técnico Marcelo Martelotte sacou Walber e colocou o volante Derley, improvisado, na lateral. A ideia era melhorar a marcação naquele setor. Surtiu efeito? Óbio que não. Nos primeiros minutos até que Derley segurou a subidas do atacante Reis. Porém, com o passar do tempo, o posicionamento retrancado do time coral, acabou facilitando as coisas para o adversário.

Trabalhando sempre na velocidade de Reis, o Boa foi crescendo no jogo. Aos 18 minutos, Rodolfo recebe na entrada da área, gira em cima de Anderson Salles e chuta, colocado, no canto esquerdo de Julio Cesar para fazer um bonito gol. 2 a 1. O Santa Cruz sentiu o golpe. Quatro minutos depois, como já tinha acontecido nos dois últimos jogos, o árbitro da partida marcou um pênalti inexistente. Rodolfo foi cruzar a bola e chutou no peito do zagueiro Guilherme Mattis. O árbitro paranaense Paulo Roberto Alves Júnior marcou a penalidade. O próprio Rodolfo bateu para ampliar. 3 a 1.

A partir daí, o Santa Cruz se desencontrou em campo. Martelotte até tentou dar novo fôlego. Colocou Grafite no lugar de Bruno Paulo e o zagueiro Bruno Silva na vaga de Yuri. Pouco depois, porém, o Tricolor sofreu o quatro gol. Aos 34 minutos, Paulinho arrisca de fora da área, Julio Cesar espalma e Wesley pega o rebote, dribla o goleiro e faz o quarto gol mineiro. Juntando os cacos, os corais saíram para o jogo. Grafite, aos 37 minutos, diminuiu o marcador, depois de uma boa jogada ofensiva, e tocou na saída do goleiro. Mas já era tarde demais.