Santa Cruz

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Entrevista: Treinador do Santa Sub-23 revela planejamento com base para Copa PE e 2020

Paulo Massaro falou sobre o peso do Tricolor na sua carreira, o trabalho feito com as promessas corais e as expectativas para a Copa Pernambuco

postado em 13/09/2019 08:30 / atualizado em 13/09/2019 08:40

<i>(Foto: Jota Santana/Assessoria)</i>
A Copa Pernambuco se tornou o único elemento no calendário 2019 do Santa Cruz. Na copa estadual, o Tricolor atuará com uma equipe Sub-23, comandada por Paulo Massaro, que já trabalho no clube no Brasileiro de Aspirantes. Depois da definição do adiamento da competição, o que agradou o treinador, anunciada na última quarta-feira, o Superesportes teve uma conversa exclusiva com o comandante coral, que falou sobre a expectativa para a competição, o planejamento, a base do Santa Cruz e os planos para 2020.


Qual é a expectativa do Santa Cruz para a Copa Pernambuco?

"A expectativa nossa é que realmente a gente faça, baseado no nosso preparo, uma competição melhor. Vai mudar o modelo da competição, segundo a informação, parece que vai ter mais um time, vai ser duas chaves de cinco, então ainda não sei exato o formato, não saiu esse negócio da tabela, não divulgaram. E a expectativa da gente é isso, é que a gente faça uma boa competição e que a gente consiga começar a mostrar para esses jogadores o que é o Santa Cruz e isso faz parte também da formação deles. Eles sentindo isso, com certeza vão chegar no ano de 2020 já mais calejados, mais acostumados, não vai ser a primeira experiência, então isso vai ser muito importante. A expectativa nossa é revelar, é dar uma manutenção para os atletas é despertar neles o desejo de representar esse clube, de querer o melhor para esse clube, é isso que a gente cobra todos os dias de trabalho. A expectativa é que a gente faça uma competição excelente, muito melhor do que foi o (Brasileiro de) Aspirantes".

O time vai ter novas contratações para a Copa Pernambuco?

"Vai sim. O elenco Sub-23 que estava comigo permaneceu mais ou menos 50%. Um ou outro atleta que era dessa faixa de idade, como o Ítalo, o próprio Kadu, esses se integram comigo, mas isso não dá o elenco total. Eu já trouxe algumas peças que são caras novas, vamos dizer assim, mas ainda falta mais quatro a cinco atletas para finalizar o grupo".

Você chegou ao Santa Cruz para treinar o time Sub-23, que praticamente não tem calendário, como você lidou com essa experiência?

"Quando eu cheguei para o Sub-23, o Aspirante, eu cheguei uma semana antes da estreia do time na competição e nós não tínhamos um elenco. Então nós sofremos um pouco com isso nas primeiras rodadas, até a gente ter um elenco, até a gente ter um padrão tático. E a competição é uma competição muito curta, eram oito jogos. Então, infelizmente, nós não atingimos a classificação, mas em termos comparativos, do que foi ano passado para esse, nós conseguimos revelar alguns atletas, conseguimos dar alicerce ao (elenco) profissional, o caso do próprio Marcelo Mattos foi assim, o Vitão. A gente conseguiu dar sequência para Warley, para Elias, porque esse era o intuito dos Aspirantes, além de revelar, conseguir dar o apoio, dar sustentação ao profissional, para conseguir dar rodagem a quem não vinha jogando. Então isso foi feito e pelo entendimento da diretoria, ficou bacana e nós seguimos agora para essa Copa Pernambuco. O trabalho se estende e agora, com tempo para montar, com certeza a gente vai ter um rendimento melhor e a ideia é que esses garotos, obviamente após o final da Copa Pernambuco, a gente vai sentar e conversar, vai fazer um novo filtro, nem todo mundo vai ficar, obviamente, e a gente vai atrás das outras peças que faltam para que a gente tenha um elenco forte que possa ser utilizado para o estadual e para as competições do ano que vem. Então a gente começa a largar um pouco na frente já na questão de planejamento e estrutura de trabalho dentro do Santa Cruz. Agora a gente vai conseguir realmente ter um cronograma adequado de trabalho, mesmo as competições sendo basicamente concentradas no segundo semestre. Se a gente tiver essa base forte, a gente consegue dar o apoio para o estadual do ano que vem".

Então a Copa Pernambuco já é o início do planejamento 2020?

"Para o Sub-23 sim, para o profissional não é uma certeza. A gente não sabe qual vai ser o futuro referente ao profissional, na questão de treinador, como que vai ser nesse sentido, mas para o clube, no sentido de filosofia de trabalho, de planejamento, a Copa Pernambuco é o início da preparação de 2020. Tanto para atletas que vão compor o elenco do principal, quanto para os atletas que vão permanecer no Aspirantes no ano que vem. Então, realmente, essa é a ideia, usar a Copa Pernambuco como nosso ‘start’, nosso início de 2020".

Sem essa definição de treinador, você ocupa hoje o cargo mais alto da comissão técnica do Santa, isso coloca mais responsabilidade nas suas costas?

"Não, eu me sinto muito preparado, na verdade, muito feliz. Eu estou muito tranquilo, acredito muito no meu trabalho, no meu potencial e venho tentando desenvolver o melhor trabalho possível. Eu, particularmente, digo que o meu profissionalismo é o respeito que eles têm por mim e eu por eles. Sei da responsabilidade que é estar nesse cargo representando esse clube que é gigantesco, com a torcida que dispensa comentários, então eu tenho que me concentrar nisso. Eu estou feliz, não me assusta em nada. Pelo contrário, isso me motiva a querer ajudar e fazer meu melhor".

Você conhece bem as promessas do Santa Cruz, como você pretende utilizar esses destaques da base e como você vê eles sendo aproveitados em 2020?

"Eu acho que o principal é eu tratar eles como os atletas profissionais que são. Sem privilégios, muito pelo contrário, até porque eles são promessas, não são realidade ainda. Eu tenho que lapidar eles, tenho que cuidar, deixar uma parte psicológica, você tem que estar levando esse apoio, afinal eles são garotos ainda. Mas tem que tratar eles normalmente, porque eles trabalham à base de resultados, são cobrados diariamente em todos os sentidos, questão de apresentação, horário, treinamento, rendimento. Então eles já vêm em um ritmo totalmente profissional. Eu trato eles como os atletas profissionais que são e são cobrados por isso, e eu tenho que fazer meu trabalho, obviamente, e com esses garotos eu tenho que dar uma atenção a mais na parte psicológica, porque eles tão longe de casa, da família, mas fora isso são atletas normais. A gente tem buscar extrair o melhor deles dia a dia".

Quais são seus planos para 2020?

"Primeiramente, eu quero permanecer no Santa Cruz, porque eu sou do interior de São Paulo, de Ribeirão Preto, faz quatro meses que eu estou aqui e ainda estou me adaptando à cidade, a história do clube, entendendo o que é o clube e isso vai gerando um sentimento. E minha vontade é permanecer, minha vontade é ajudar, é fazer o meu melhor, o que eu posso é fazer minha parte, mas não posso esconder o desejo que tenho de estar à frente do Santa Cruz no ano que vem. Mas eu vou trabalhar para isso, saber esperar a minha hora, vou saber esperar minha oportunidade, mas vou deixar todo meu conhecimento, vou deixar toda a minha energia, tudo que eu posso fazer de melhor para o Santa Cruz, independente do cargo que eu vier a ocupar".