Santa Cruz

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Santa Cruz diz que decisão de entrar em campo com camisa de organizada foi dos jogadores

Segundo vice tricolor, direção não foi informada que atletas usariam regata da Inferno

postado em 06/04/2015 16:18 / atualizado em 06/04/2015 19:29

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Inferno Coral/Reproducao da Inte
Por cima do padrão oficial, os jogadores do Santa Cruz entraram em campo, no clássico do último domingo, trajados com uma regata da Inferno Coral - usada também pelos membros da facção. Devido à determinação da Justiça,  a camiseta apenas estampava a palavra “paz” - totalmente contraditória aos atos da uniformizada, que voltou a se protagonista de cenas de violência no Recife. A conivência da diretoria, a ponto de levar para o gramado da Ilha do Retiro a imagem camuflada da organizada, foi explicada pelo vice-presidente tricolor, Constantino Júnior.

A política do Santa Cruz em relação às organizadas segue a mesma cartilha da gestão anterior, presidida por Antônio Luiz Neto. Uma postura velada de “neutralidade” foi mantida. No Arruda, não são raras as presenças de torcedores da Inferno. Faz-se vista grossa. Depois de os atletas levarem a campo o camiseta da facção, Constantino garantiu que a ideia de vestir a peça surgiu nos vestiários da Ilha, entre os próprios atletas. Garante não passou pelo crivo do cúpula coral. “A direção não soube de nada. Algum jogador deve ter recebido as camisas e todos os outros vestiram depois”, disse.

Apesar de entender o equívoco, o vice tricolor contemporizou o caso e blindou o grupo. “Os jogadores foram na clara intenção de promover a paz. Não houve dolo, má fé, nem mesmo menção à torcida organizada.” O dirigente, porém, promete ser mais firme para evitar que a situação se repita. Espera evitar outras polêmicas. “Vamos conversar com o grupo, só para saber de onde partiu a ideia. Para que, numa outra vez, decisões como estas, pelo menos, passem pela direção.”