SANTA CRUZ

Advogados e promotor não acreditam que renúncia ao caso seja estratégia de defesa de Waldir

Acusado tem até o dia 22/06 para nomear um novo advogado para sua defesa

postado em 16/06/2015 12:05 / atualizado em 17/06/2015 11:26

Paulo Paiva/DP/D.A Press — Promotor Roberto Brayner não acredita que adiamento tenha sido um artifício da defesa de Waldir

Apesar de mostrarem surpresa com a saída do advogado Jurandir Alves, que fazia a defesa de Waldir Pessoa Firmo Júnior, os demais advogados dos outros dois acusados de cometer o homicídio duplamente qualificado de Paulo Ricardo Gomes da Silva não acreditam que tenha se tratado de uma estratégia por parte do profissional. A ausência do advogado de defesa causou o adiamento do julgamento dos três acusados, que estava marcado para esta terça-feira (16) e foi remarcado para 02/09, às 9h.

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O promotor do caso, Roberto Brayner, também tem a mesma opinião. Ele afirmou que a saída do caso é um direito do advogado e que isso não influirá no julgamento remarcado. “Não creio em estratégia. O advogado não explicitou os seus motivos e não é obrigado a permanecer no caso”, falou o promotor, que não se incomoda com o adiamento do julgamento. “Não foi hoje, mas será em setembro. Todas as provas estão postas e nada vai mudar até lá”.

Embora estivessem em contato para tratar do caso em comum dos acusados, os outros dois advogados ficaram surpresos com a saída de Jurandir do caso. Isso, no entanto, não vai alterar a linha de defesa estabelecida por cada um. “É aconselhável que exista uma sintonia entre os advogados. Mas mesmo assim fomos pegos de surpresa”, comentou, Carlos Alberto Rodrigues, que defende Luiz Cabral de Araújo Neto. “Não acredito em estratégia. Acredito que o advogado tenha tido algum problema, talvez algo com a família do cliente dele”, complementou Adelson da Silva, responsável pela defesa de Everton Filipe Santiago de Santana.

Os três acusados, Everton, Cabral e Waldir chegaram a ir ao Fórum Rodolfo Aureliano, local do julgamento, mas não chegaram a entrar na sala do júri. Eles tiveram contato com o juiz Jorge Luiz dos Santos Henrique, que questionou Waldir diretamente sobre o desejo dele em constituir um novo advogado ou optar pela defensoria pública. Ele respondeu que vai procurar um advogado e tem até o dia 22/06 para fazê-lo.