Santa Cruz

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Mãe de Paulo Ricardo quebra o silêncio e lembra do filho. "Ele era uma benção para mim"

Joelma evitava aparecer e falar sobre o assunto, após a morte do filho

postado em 16/06/2015 12:35 / atualizado em 16/06/2015 15:13

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
A dor da perda do filho foi muito grande para Joelma Valdevino Gomes da Silva. Paulo Ricardo faleceu aos 26 anos, numa tragédia em pleno estádio do Arruda. Um vaso sanitário arrancado do banheiro e jogado da arquibancada por integrantes da organizada Inferno Coral matou o torcedor do Sport que havia ido ao local para ver o jogo junto a uma organizada do Paraná, adversário do Santa Cruz naquele dia, pela Série B do Brasileiro.

Foi difícil aceitar a morte do filho. Mais ainda era falar sobre o assunto. Desde o dia 2 de maio, que mudou para sempre a vida de Joelma, ela só apareceu uma vez. Nesta terça-feira, juntou forças e foi ao julgamento dos acusados de matar Paulo Ricardo. Esperava deixar o Fórum Rodolfo Aureliano com a justiça feita. Mas a Justiça tem suas nuances e o julgamento foi adiado, por conta da desistência do advogado de Waldir Pessoa Firmo Júnior.

Chorando muito, Joelma falou com a imprensa na entrada da sala da Segunda Vara do Júri. Antes e depois da decisão do adiamento ser confirmada. Falou muito em Deus. Repetia a toda hora. Certamente, foi o apoio que encontrou para suportar tanta dor. “Deus é fiél. Ele vai abrir a mente dessas pessoas para que seja feita justiça”, disse ela, que também ganhou um suporte terreno. Durante todo o tempo, além da companhia da família, esteve ao lado de Hozineide Xavier, mãe de Veronaldo Silvino da Silva, mais uma vítima da violência do futebol.

Joelma lamentou pelo adiamento do desfecho do caso na Justiça. “Quanto mais demora, volta tudo de novo. Meu filho era uma benção para mim. Foi a melhor coisa que me aconteceu. Só lembro de coisas boas dele. A única foi ruim foi esse dia”, falou, fechando os olhos e lembrando de Paulo Ricardo. “Esperava sair daqui com a justiça feita. Mas peço a Deus força para vir aqui de novo”, completou.

Embora acredite na Justiça e torça para que ela seja feita, de uma coisa Joelma não consegue se ver livre: da saudade do filho. A frase final dela foi forte. Uma verdade irrevogável, que faz possível, por alguns instantes, mensurar o tamanho da dor de uma mãe sem o filho. “Seja lá o que acontecer aqui, não vai trazer o meu filho de volta”.

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