Roberto admite erro no Náutico, mas se vê motivado para brilhar no Santa Cruz

A volta de Roberto a Pernambuco será com outro roteiro. Pelo menos é isso que o lateral esquerdo dispensado pelo Náutico, em 2014, pretende fazer. Com o apoio do técnico Milton Mendes, com quem já trabalhou em outras duas oportunidades, o atleta de 25 anos mostrou que está disposto a apagar a fama de indisciplinado. Para isso, Roberto aposta em uma combinação que envolve assumir a culpa pelo que fez além do apoio do comandante e do desejo de se juntar a um time vencedor.

Roberto foi dispensado do Náutico em 20 de outubro em meio à disputa do Campeonato Brasileiro da Série B de 2014. O atleta saiu do clube junto com o atacante Tadeu após a diretoria alvirrubra alegar indisciplina da dupla. Na ocasião, ambos perderam o voo para Minas Gerais, onde o Timbu enfrentaria o Boa Esporte. Antes, no dia 22 de agosto daquele ano, os dois atletas também faltaram a um treino do Náutico. Como justificativa, apresentaram um boletim de ocorrência de um assalto.

“O caso (no Náutico) eram salários atrasados. O pessoal até queria fazer greve, mas conseguiram segurar. Só que nisso vem o desânimo de não querer jogar. Eu tomei essa atitude de não querer viajar. Eu acho até legal falar que o erro foi da minha parte. Mas hoje é outra história. Já passei por outros três clubes desde que saí do Náutico e não tive problema”, disse o jogador, na apresentação oficial.

No Náutico, Roberto atuou em 12 partidas. Em apenas uma, não foi titular. Depois do time alvirrubro, o atleta defendeu a Ferroviária-SP, o Bragantino e ainda o Atlético Paranaense, último clube em que trabalhou, até fechar com o Santa Cruz por empréstimo para jogar a Série A. O jogador ainda tem contrato com o Furacão até o fim de 2017.

Foi justamente nesse período em que ficou fora do Náutico que Roberto cruzou o caminho de Milton Mendes. Com o treinador, ele trabalhou na Ferroviária, onde foi campeão da Série A2 do Paulista, e ainda disputou o Campeonato Brasileiro da Série A com o Atlético-PR, em 2015.

“Falar do professor Milton é sem palavras. Quando cheguei lá na Ferroviária, já vinha do fato recente do Náutico. Ele chegou dizendo que sabia do que passou, mas que confiava no meu futebol. Eu segui o que ele me falou. Tanto que nós fomos campeões e fui o melhor lateral da competição. Ele é um cara de grande coração. Um amigo. Mas isso não que dizer que, porque eu joguei em outros dois clubes, ele vai estar sempre me levando. Ele sabe mais da minha qualidade como jogador e é por isso que conta comigo”, avaliou.

Desejo de defender o Santa Cruz
Roberto ainda adotou o tradicional discurso de motivação na chegada ao clube. “Estou em um elenco campeão e você, para fazer parte, tem que mostrar muito porque tem muitos atletas de qualidade. Par mim, a responsabilidade é enorme. Conheço o clube. Já contra várias vezes e sempre tive vontade de vir defender”, disse.