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Danny Morais se solidariza com funcionários do Santa Cruz: "Briga que a gente tem que comprar"

Alguns trabalhadores estão há seis meses sem salários; zagueiro é um dos atletas do elenco que ajuda com dinheiro ou doações para amenizar crise dentro do Arruda

postado em 14/11/2016 15:29 / atualizado em 14/11/2016 16:28

Brenda Alcântara/Esp DP/D.A Pres
Muitos dos jogadores do Santa Cruz não estão alheios às dificuldades vividas pelos funcionários do clube, alguns sem receber salários agora há seis meses. Danny Morais, por exemplo, solidarizou-se a eles. Um dos líderes do elenco tricolor, o zagueiro afirmou que os atletas têm que abraçar a causa dos trabalhadores, que, na última sexta-feira, não tiveram pagos vales paliativos de R$ 500 prometidos pela diretoria e sinalizaram para uma nova greve nesta quarta-feira caso a situação não seja minimamente solucionada.

Segundo informações colhidas pela reportagem do Superesportes, Danny Morais é um dos jogadores do Santa que mais ajuda financeiramente os trabalhadores mais necessitados, seja com dinheiro ou doações de materiais do clube. “É uma briga que a gente tem que comprar. A força dos funcionários são os jogadores. A força do clube são os jogadores. A gente não pode deixar de maneira nenhuma esse pessoal sozinho. A nossa briga é por um clube melhor, por resultados, mas é muito maior que dentro de campo”, disse o defensor.

Atualmente, a folha salarial com o administrativo do Santa Cruz está em R$ 175.878,00. Já a dos os trabalhadores ligados ao futebol (da cozinha, lavanderia, manutenção do gramado, comissões e analistas de desempenho) é bem maior: R$ 337.527,00. Há ainda outros R$ 82.140,00, referentes aos colaboradores das categorias de base e do futebol de salão. A folha do jogadores, por sua vez, gira em torno de R$ 1,3 milhão.

Com dois meses de atrasos nos salários, os atletas também têm sofrido pela falta de pagamento. Recentemente, embora com contrato vigente com o Santa Cruz, o volante Derley já não assegura se permanece no Tricolor. O zagueiro Luan Peres também destacou a dificuldade financeira para pagar o aluguel do seu apartamento e chegou a consultar o interino Adriano Teixeira para saber se seria viável seguir no Arruda em 2017.