O Santa Cruz atuou com apenas um centroavante centralizado e dois pontas abertos. No máximo, o técnico Vinícius Eutrópio acionou Everton Santos como parceiro de ataque de Pitbull, mas dando-lhe a incumbência de sair da área para buscar jogo e ajudar na marcação. Apesar de ser centroavante, Parra diz que pode também desempenhar uma função mais longe do gol e propõe dois homens no setor para poder jogar.
“(As minhas características) são muitas. Posso jogar por fora, mas gosto mais ser centroavante. Posso jogar com mais um centroavante, com um atrás ou eu atrás. Não tem problema de mudar (de posição)”, declarou o argentino, que não deixa de se render a Pitbull. “Penso que ele está jogando muito bem. É um bom jogador. Penso que posso jogar com ele, juntos. Como falava, não tenho problema de jogar. Espero do técnico que me coloque dentro (do time)”, disse.
À disposição depois de se recuperar de uma lesão na panturrilha que o afastou por 20 dias dos treinos no Santa Cruz, Parra pode estrear no clássico contra o Náutico, pela Copa do Nordeste, marcado para domingo, na Arena de Pernambuco. O atleta se diz pronto para entrar durante a partida, mas assegura que ainda não conversou sobre essa possibilidade com Eutrópio.
“Não sei se vou jogar com o Náutico. Não falei com Vinícius, não sei. Eu estou preparado, mas penso que agora tem muitos jogadores que estão fazendo um bom trabalho e eu vou respeitar esse trabalho. Eu devo esperar tranquilo para mostrar dentro de campo”, ponderou.
Tempo parado
Parra não joga desde 9 maio, quando defendeu o Atlético Rafaela no Campeonato Argentino. Lembra do período inativo sem nenhum saudosismo. “Fiquei parado (mais de) seis meses. É muito difícil para um jogador ficar parado tanto tempo.” Lamenta também a lesão que sofreu assim que chegou no Arruda. “Quando cheguei aqui no Santa Cruz, cheguei com muita ambição. Em princípio, o treinamento forçava tudo. Eu forcei demais a panturrilha e estive 20 dias parado. Hoje estou bem, preparado para jogar”, garantiu.Antes de fechar com o Santa, Parra disse que teve outras propostas e poderia já estar atuando por outra equipe, porém diz que o seu ex-agente perdeu o time no mercado e ele acabou prolongando o seu tempo inativo. “Fiquei parado não por um problema meu. Tinha um empresário que trabalhava comigo e falava que eu tinha que esperar um clube. Esperei. As possibilidades se fecharam na Argentina, em Portugal, em outros clubes e depois terminei parado. Agora é uma nova oportunidade”, projetou.