Santa Cruz

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Giva garante a permanência no Santa Cruz e avisa: "Podemos reverter essa situação"

À beira do Z4, técnico pede evitou falar de atrasos salariais e pregou otimismo

postado em 08/08/2017 22:11 / atualizado em 08/08/2017 22:21

Peu Ricardo/DP
A derrota por 2 a 1 para o Criciúma poderia ser a gota d’água que faltava para o técnico Givanildo Oliveira deixar o comando técnico do Santa Cruz. Uma saída não ocorreria por conta de uma derrota, mas pela sequência que o clube vem atravessando e pelos problemas extracampo. O Tricolor segue sem pagar os salários atrasados e o treinador vem surpreendendo por perdoar essa falha da direção. Ele não só resiste, como vem demonstrando um otimismo na mudança no rumo coral no Brasileiro.

“Se vocês forem fazer uma pesquisa, eu sou um dos treinadores com mais idade e podem fazer uma pesquisa de quantas vezes eu já entreguei o cargo. Eu entrego, quando sei que não vai andar. Não tenho medo de perder o emprego.  Quando eu acho que chegou no limite, eu vou embora. Eu acredito que podemos reverter essa situação. Por isso eu continuo e só saio se o clube não quiser mais”, justificou o treinador.

A declaração vai contra o que o técnico afirmou na sua entrevista de apresentação quando afirmou que tinha um acordo com o presidente Alírio Moraes para que esse problema, que segue sem solução, fosse resolvido. Givanildo evitou tocar no assunto quando foi questionado e preferiu focar na partida, inclusive pedindo desculpas para o torcedor que foi ao Arruda nesta terça-feira.

“Como o torcedor vai ficar satisfeito? É a quarta derrota consecutiva. Tenho que pedir desculpas pelo que está acontecendo. Vamos reagir. Não é a primeira vez que eu passo por um momento ruim. Vamos buscar força para sair”, avisou.


Esquema tático

Uma das formas de tentar mudar o panorama coral foi implantar uma nova tática para enfrentar o Criciúma. Com quatro atacantes em campo e dois volantes, Givanildo Oliveira buscou surpreender os visitantes e o time até encontrou um gol. Situação que ele classificou como positiva no fim das contas, mas admitiu que sua equipe tem se abalado quando sofre gols e a longa conversa no treino na véspera da partida foi um modo de tentar mudar isso.

“Com esse esquema tático a gente não saiu perdendo. Estava ganhando. Foi uma situação que tivemos que mudar. Isso depende dos jogadores e do momento que estava em campo. Estávamos precisando da vitória e no segundo tempo caímos de produção. Eu acho que estamos naquele momento que eles próprios também têm que dar uma sacudida. A conversa de ontem foi muito boa nisso e não forcei na preleção. Mas hoje, depois do primeiro gol, bateu o desânimo. Você não viu ninguém pegar a bola e falar algo para o restante do time”, disse.

O Santa Cruz dará folga geral nesta quarta-feira e voltará aos treinos apenas na quinta-feira. Até o duelo contra o Guarani, no próximo dia 29 de agosto, o Tricolor do Arruda terá 11 dias para se preparar e reunir os cacos da sequência de derrotas.