Um tempo para cada lado. Esta foi a tônica da partida entre Santa Cruz e CSA, neste domingo, no estádio do Arruda. Se o time alagoano foi melhor no primeiro tempo, o Tricolor fez valer o mando de campo e dominou a segunda etapa. Desta forma, o empate por 1 a 1 entre as duas equipes pode ser considerado justo. E quando estava em desvantagem na partida, o Tricolor contou mais uma vez com a estrela de seu artilheiro. Com um gol de falta, Pipico, em mais uma boa exibição, evitou a derrota do Mais Querido.
O resultado da partida deixa o Santa Cruz temporariamente na liderança do Grupo A da Copa do Nordeste, com 9 pontos. Enquanto isso, o CSA mantém sua invencibilidade no torneio regional, chegando aos 10 pontos ganhos e ocupa a 3ª colocação no Grupo B, atrás de Ceará e Botafogo-PB, que estão um ponto na frente.
Os próximos compromissos dos dois clubes pela Copa do Nordeste acontecerão daqui a dois finais de semana. O Santa Cruz visita o Ceará no Castelão, no sábado, dia 23, às 18h30. Já o CSA recebe o Sergipe no estádio Rei Pelé, no domingo, dia 24, às 19h.
O jogo
Enfrentando o segundo time de Série A no ano, o Santa Cruz procurou impor a vantagem de jogar em casa contra o CSA nos primeiros minutos da etapa inicial. Buscando o jogo pelas pontas, a primeira chance do jogo passou por todo o setor ofensivo coral que quase abriu o placar.
Aos 10, o sistema ofensivo do Santa fez excelente jogada. Com a participação de todos os atacantes, a bola parou nos pés de Pipico, que teve grande chance frente a frente com o goleiro João Carlos que fez excelente defesa. E o CSA respondeu de imediato. Após vacilo do atacante Jô, o CSA partiu rapidamente no contragolpe, a bola parou nos pés do avançado Robinho, que bateu para longe do gol.
E o CSA continuou atacando sem se intimidar. Aos 14, o Azulão do Mutange partiu pela esquerda com Manga Escobar que cruzou e encontrou Apodi livre. O lateral cabeceou e o goleiro coral fez sensacional defesa. Aos 21, mais uma vez Apodi apareceu para dar uma cabeçada perigosa que exigiu uma defesa segura do goleiro Anderson que mandou a bola para escanteio.
Aos 30, após jogada de Matheus Sávio, o camisa 10 alagoano serviu o lateral Carlinhos, que recebeu a bola e bateu cruzado, obrigando o goleiro coral a fazer mais uma grande defesa.
Após começar o jogo melhor, o Santa Cruz acabou sendo encurralado pelo CSA, ao longo do primeiro tempo. Aos poucos, o tricolor tentava se encaixar para jogar no contra-ataque, mas os erros de passe no meio-campo evitavam descidas mais perigosas do setor ofensivo coral. E quando a bola chegava, Elias e Jô repetiram decisões erradas o que deixou o centroavante Pipico isolado, precisando sair da área para buscar o jogo.
Aos 40, a pressão do CSA fez efeito. Após lançamento de Apodi, a zaga do Santa Cruz falhou, o atacante Patrick Fabiano não conseguiu alcançar e a bola sobrou na ponta esquerda. O colombiano Manga Escobar recebeu livre e teve tempo de olhar, tirar de Anderson e mandar a bola no ângulo esquerdo da meta coral.
Segundo tempo
A segunda etapa começou diferente. Em vantagem, o CSA tentava esfriar o jogo em qualquer oportunidade. Porém, a tática não surtiu efeito. Aos 4 minutos da etapa final, Pipico recebeu bola na entrada da área e fez o pivô até sofrer a falta. Pediu para cobrar a infração e artilheiro que é, fez a diferença para o time coral, empatando o jogo para o Tricolor do Arruda.
Mesmo com o empate, o Tricolor do Arruda continuou melhor e buscando imprimir seu volume de jogo. Aos 9, mais uma grande chance coral. Elias recebeu bola na ponta esquerda e cortou para o meio. O chute iria no ângulo esquerdo de João Carlos, mas o goleiro do Azulão do Mutange fez uma excelente intervenção salvando o CSA.
Para oxigenar o time, o técnico Leston Júnior modificou as duas pontas para tentar buscar o resultado. Aos 17, tirou Jô, que não fez boa partida e colocou Guilherme Queiroz e, dois minutos depois, substituiu Elias, que saiu com dores musculares, colocando o lateral direito Augusto Potiguar. Com isso, Cesinha, que estava sendo aproveitado como atacante de beirada, retornou à função.
Com as mudanças, o Tricolor ficou mais ofensivo com boas tramas no ataque pelas pontas, causando dificuldades ao setor defensivo alagoano. Mais confiante após o gol, o Santa Cruz passou a pressionar a saída de bola do CSA, que passou a se complicar na saída de bola e nas construções no ataque.
Aos 27, Luiz Felipe recebeu a bola na ponta esquerda ofensiva, encontrou Pipico, que limpou o marcador e bateu para o gol. A bola passou longe da meta do goleiro João Carlos.
Desgastados, os dois times tentaram durante o último terço do segundo tempo, mas não conseguiram produzir grandes chances para desempatar a partida.
Ficha do Jogo
Santa Cruz 1
Anderson; Cesinha, João Victor, William e Bruno Ré; Ítalo Henrique (Charles), Luiz Felipe e Allan Dias; Jô (Guilherme Queiroz), Elias Carioca (Augusto Potiguar) e Pipico. Técnico: Leston Júnior.
CSA 1
João Carlos; Apodi, Gerson, Luciano Castán e Carlinhos (Celsinho); Dawhan, Didira e Matheus Sávio; Robinho (Cassiano), Manga Escobar (Bruno Ramires) e Patrick Fabiano. Técnico: Marcelo Cabo
Local: Estádio do Arruda
Árbitro: Emerson Ricardo de Almeida Andrade (BA)
Assistentes: Carlos Eduardo Bregalda Gussen e Edevan de Oliveira Pereira (BA)
Gols: Manga Escobar aos 40 min do 1ºT (CSA) Pipico aos 5 min do 2ºT (Santa Cruz);
Cartões Amarelos: Cesinha, Bruno Ré (Santa Cruz); Gerson, Matheus Sávio (CSA)
Público: 5.840 torcedores
Renda: R$ 62.885,00