Santa Cruz

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Liderados pelo Santa Cruz, clubes da Série C irão pleitear ajuda financeira à CBF

Por vídeoconferência na tarde de hoje, às 17h, todos os clubes que disputarão a Terceirona irão debater quais medidas a serem tomadas

postado em 27/03/2020 15:33

(Foto: Paulo Paiva/DP)
Na tarde desta sexta-feira, por meio de vídeoconferência, o Santa Cruz, juntamente com os demais 19 clubes que disputam a Série C do Campeonato Brasileiro, discutirão quais medidas a serem tomadas sobre a redução salarial dos seus jogadores e a antecipação - ou não -  das férias coletivas. Ações a serem pensadas em virtude da pandemia do novo coronavírus, doença responsável por paralisar, dentre outros setores, as atividades do futebol em todo o país. 

A reunião irá tratar, além das pautas citadas acima, de como os times sobreviverão em um período sem futebol por tempo indeterminado. Vale ressaltar que, diferentemente das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, cujas cotas televisivas são uma realidade, na Série C elas não existem.  

E, levando em consideração este cenário de escassez de receitas, as equipes, representadas pelo presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, pleitearão à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) auxílio financeiro. Em contato com a reportagem do Diario de Pernambuco, o mandatário do Tricolor, Constantino Júnior, falou sobre o assunto, reforçando a condição muitas vezes precária dos clubes que disputam a Série C.

“Cada clube tem a sua realidade. A gente não pode ter realidade de Série A e B. A nossa é diferente. A pedra no calo do Santa é de um jeito, do Paysandu é de outro. Nenhum acordo vai ser igual para todo mundo. Pelo contrário, até porque fizemos um grupo de capitães das 20 equipes da Série C que estão se mobilizando e a gente vai em conjunto solicitar ajuda da própria CBF. Para que se sensibilize e saiba que a Série C não tem cota, por isso a gente paga um preço mais alto”, declarou. 

 "A CBF tem como princípio fomentar o futebol. Se quebrar o sistema, será que é bom para ela? Vai ter time no final da competição com possibilidade de levar W.O, time com dificuldade. Quem é Série A e Série B, é como se tivesse emprego de carteira assinada e tem o 'bico'. Só a carteira assinada não paga despesa, porque o bico é importante demais, são rendas variáveis. E a renda fixa, que é certa, são as cotas de TV, que a gente não tem. A gente vive de bico, depende do jogo, bilheteria, patrocínio, sócio, venda de material. Tudo isso afeta diretamente. A CBF tem sido muito correta com a gente e acredito que vão estender a mão à Série C”, completou Tininho. 

Na última quinta-feira(26), as equipes das Séries A e B chegaram em um consenso e instituíram 20 dias de férias para os atletas, entre o dia um a 20 de abril, uma vez que os atletas não aceitaram as pedidas iniciais dos clubes. Sem chegar a um acordo junto à Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf), caberia a cada time, com suas respectivas diretorias, portanto, negociar o pagamento dos salários com seus atletas.