SANTA CRUZ
Saída conturbada, conquistas passadas e crença no acesso: Martelotte fala sobre volta ao Santa
Técnico espera repetir sucesso das suas três outras passagens pelo clube
postado em 15/06/2015 19:50 / atualizado em 15/06/2015 19:48

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De volta ao Arruda após dois anos, Marcelo Martelotte comanda primeiro treino no Santa Cruz Respaldado por Marcelo Martelotte, meia Guilherme Biteco é reintegrado ao Santa Cruz Sem treinar com o grupo coral, Raniel limita rotina à academia do Santa Cruz: "É chato" Presidente do Santa Cruz afirma que vai quitar uma das duas folhas em atraso até sexta-feira
Como inspiração, o treinador relembrou o seu passado de glórias no Arruda. Como jogador, foi campeão estadual em 1993. Seis anos depois, esteve no grupo que conseguiu subir para a Série A. Em 2013, justamente dez anos depois de sua primeira passagem, o ex-goleiro voltou ao Arruda como treinador. Desta vez, com sobrenome. Comandou a equipe no Pernambucano daquele ano, levando-a ao título. Diz agora que não exite a fórmula mágica para o sucesso, porém espera tempos igualmente vitoriosos aos que viveu nas suas outras três passagens no Arruda.
"As minhas passsagens provaram que o Santa tem algo especial. O título de 93 foi marcado por ser daquelas histórias dramáticas. O acesso de 99, uma conquista totalmente improvável. No título de 2013, passamos muitas dificuldades e crescemos durante a competição. A Série B é um campeonato de regularidade e precisamos desenhar uma nova história neste momento."
A última saída de Martelotte do clube, porém, foi marcada pela polêmica. Deixou o Santa Cruz para assinar com o rival Sport ainda em 2013 e, seis meses depois, acabou acionado os corais na Justiça do Trabalho para receber salários atrasados. Apesar de ter feito tudo amparado pela legalidade, acabou sofrendo críticas de parte da torcida e até de dirigentes, como o vice-presidente Constantino Júnior - à época, ainda diretor de futebol. Martelotte contemporiza o episódio.
"Quando aconteceu aqueli. convidei Tininho (Constantino Júnior) para tomar uma cerveja e conversar sobre futebol. Entendi a reação de dele, que é um apaixonado pelo clube. Para mim, isso não magoou. Pelo contrário. A gente sempre se falou normalmente e a minha torcida sempre foi pelo Santa Cruz. Se hoje estou de volta, é muito pela presença dele e de Jomar Rocha (diretor de futebol)."
Se não tem arestas com a cúpula coral (e com a ação na Justiça retirada para assinar com o Tricolor), também espera não ter nenhum tipo de rusgas com os torcedores a partir de então. "Torcida não tem paciência nunca. Não vai ser isso que vai mudar a relação deles com o treinador. O que muda mesmo as coisas são os resultados. Com sucesso neste novo trabalho, creio que a relação vai ser como sempre foi", declarou.