Santa Cruz

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Morador do alojamento do Santa Cruz e promovido, Marcílio se diz pronto para estrear

Prata da casa se mostrou com chance dada por Marcelo Martelotte em treino

postado em 26/08/2015 08:10 / atualizado em 27/08/2015 14:34

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
Quando a comissão técnica do Santa Cruz distribuiu os coletes verdes para o time titular treinar, uma surpresa. A novidade atende por Marcílio, promovido aos profissionais ainda na última segunda-feira. Pegou a peça, vestiu e nem ele mesmo acreditou que estava ganhando uma chance. “Com tão pouco tempo, não esperava isso”, disse o atleta em contato com o Superesportes. Acionado por Marcelo Martelotte, o prata de casa acabou formando a cabeça de área ao lado de Moradei. Pode fazer seu primeiro jogo no próximo sábado, quando o Tricolor visita o Paraná, em Curitiba.

Com Wellington e Bruninho suspensos e Bileu entregue ao departamento médico por um mês, o treinador coral só tem Moradei como volante de ofício. Para preencher a lacuna em aberto, as opções mais plausível seria a entrada do meia Luisinho ou recuo de João Paulo.

Marcílio que ganhou a vaga. Aos 20 anos, nasceu em Aliança, Zona da Mata Norte, e morava em Condado até vir ao Recife para tentar a vida como jogador. "Em 2011, fui observado em Campina do Barreto por Luciano Ribeiro (até então técnico da base). Ele gostou do meu futebol, fui chamado para o Santa e fiquei no sub-20", lembrou Marcílio. Não demoraria para se sobressair.

Embora Martelotte tenha lhe colocado de volante, sempre foi meia. No setor, junto de Raniel, destacou-se na última Copa de São Paulo de Juniores, em janeiro. “Marcílio é um jogador de muita qualidade técnica, de bom passe. Improvisa. Parce muito com o jeito de Raniel jogar. Digo, sem demagogia, que tem muito futuro”, elogia o atual treinador da base, Adelmo Soares.

Adelmo avisa que a marcação não é o forte do prata da casa, no entanto, faz questão de destacar que o fundamento tem sido aperfeiçoado. "Comigo, ele não tinha tanto a característica de marcar, como volante. Mas digo que jogador que não marca no futebol de hoje não vai para frente e tenho pegado no pé dele em relação a isso."

Morador no alojamento do clube, embaixo das arquibancadas do Arruda, Marcílio mostra confiança em si mesmo. Ainda tímido nas palavras, rechaça qualquer tipo de pressão e se diz à vontade depois da recepção que teve no grupo profissional. "Fui recebido muito bem. Já conhecia Raniel, Wellington e Williams da base e gostei de todos. Estou muito feliz. Sei da responsablidade, mas estrou preparado e sei que posso contribuir se eu for mesmo jogar.”